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Sex., salud soc. (Rio J.) ; (35): 283-307, maio-ago. 2020.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1139641

ABSTRACT

Resumo As regulações esportivas para definir a elegibilidade na categoria feminina são políticas antigas, datadas do começo do século XX, que atravessam disputas sobre o corpo, suas inscrições e possibilidades de futuro. De modo que a definição de um diagnóstico, com suas articulações de saúde, doença e cuidado terapêutico, concentram alguns atributos significativos para essa determinação de elegibilidade. Acompanhando um pouco da história da ex-judoca brasileira Edinanci Silva, vamos compreender como tais regulações constituem estratégias normativas de controle do corpo e da população, assim como mobilizam os cenários em que os sujeitos existem, se individualizam e cuidam de si. Essa difícil tarefa de consentir num contexto de crise, de risco e de humilhação diz muito sobre os limites dessas mesmas inclusões pelo esporte. No fim, também vamos entender porque a virilização feminina continua a ser medicalizada e importa mais do que a eficiência do rendimento esportivo propriamente dito.


Abstract The sports regulations to define the eligibility in the female category are old policies, dating from the beginning of the 20th century, which go through disputes over the body, its inscriptions and possibilities for the future. In this sense, the definition of a diagnosis, with its articulations of health, disease and therapeutic care, concentrate some significant attributes for this eligibility. Following a bit of the history of former Brazilian judoka Edinanci Silva, we'll understand how such regulations constitute normative strategies for controlling the body, the population, as well as mobilizing the scenarios in which the subjects exist, individualize and take care of themselves. This difficult task of consenting in a context of crisis, risk and humiliation says a lot about the limits of these same inclusions by sport. In the end, we'll also understand why female virilization continues to be medicalized and matters more than the efficiency of sports performance itself.


Resumen La normativa deportiva para definir la elegibilidad en la categoría femenina son políticas antiguas, fecha del comienzo del siglo 20, que pasan por disputas sobre el cuerpo, sus inscripciones y posibilidades de futuro. De modo que la definición de un diagnóstico, con sus articulaciones de salud, enfermedad y atención terapéutica, concentre algunos atributos significativos para esta determinación de elegibilidad. Siguiendo un poco de la historia de la ex-judoca brasileña Edinanci Silva, entenderemos cómo estas regulaciones constituyen estrategias normativas para controlar el cuerpo y la población, así como movilizar los escenarios en que los sujetos existen, se individualizan y se cuidan. Esta difícil tarea de consentir en un contexto de crisis, riesgo y humillación dice mucho sobre los límites de estas mismas inclusiones para el deporte. Al final, también entenderemos por qué la virilización femenina sigue medicalizada y es más importante que la eficacia del rendimiento deportivo en sí.


Subject(s)
Humans , Female , Sex Determination Analysis , Disorders of Sex Development/diagnosis , Sports , Women , Athletes , Policy , Body Constitution , Sex Characteristics , Hyperandrogenism , Informed Consent
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